A  Sinagoga dos Libertinos, a origem da libertinagem.

Quem são os da Sinagoga dos Libertinos?

Durante o Império Romano, muitas pessoas foram levadas como escravos para Roma, inclusive milhares de Judeus. Quando essas pessoas, por algum motivo, ganhavam a sua liberdade, eram intituladas de Libertos, não era somente um adjetivo, era um titulo, um apelido e um nome que eles ganhavam e carregavam, que demonstrava que um dia eles tinham sido escravos romanos, mas agora eram livres.

Os libertos eram uma parte significativa da população e desempenhavam vários papéis na sociedade romana após sua emancipação da escravidão. No entanto, os libertos eram aqueles que mesmo após ganhar a sua liberdade, continuavam a viver em Roma, junto àqueles que os escravizaram, mas agora, eles viviam em Roma por escolha própria. 

Os libertos Judeus, mesmo morando em Roma, viajam constantemente para Jerusalém, para a prática das festas judaicas, como: Páscoa, Pentecostes, Tabernáculos, Festa das Trombetas e Dia do Perdão 

No entanto, por algum motivo, eles construíram a sua própria sinagoga em Jerusalém. Para que quando visitassem a cidade, pudessem ter um lugar para adorar a Deus da sua maneira, sem precisar ir para outras sinagogas.

Mas qual seria os motivos para que adorassem em uma sinagoga própria, construída pelos seus próprios braços e recursos? Não podemos afirmar, mas podemos imaginar.

Libertos ou Libertinos?

A Sinagoga dos Libertos, é citada uma única vez na Bíblia: Atos 6:9, que menciona os “da sinagoga chamada dos libertos” como um grupo que disputava com Estêvão.

Foram estes caras que debateram com Estevão, antes que ele fosse sentenciado a morte e apedrejado.

Mas por hora, vamos nos ater a um detalhe referente ao nome; “libertos”.

Embora seja uma palavra simples, o original grego da palavra, já nos dá um caminho a traçar do porque esse povo construiu a sua própria sinagoga: “Libertinoon – Libertinos” esse é o original da palavra libertos.

Um Judeu em Roma

Vamos imaginar um cenário: Um Judeu é levado como escravo para Roma, e fica por anos, talvez decadas, servindo aos romanos e sendo imerso na cultura daquele povo.

Bom, não se pode negar a verdade. A sociedade romana era conhecida por sua liberalidade sexual. Haviam jogos e festivais que incluíam representações públicas de nudez e comportamento sexualmente explícito, além da homosexualidade.

Então esse camarada Judeu, recebe a sua liberdade e decide continuar sendo um morador de Roma e apenas visitar o seu pais, o seu povo nas nas festas e aproveitar esses momentos para adorar o seu Deus.

Talvez nesse momento o Deus dos Judeus nem seja o único que ele adora, pois também é uma verdade que os Romanos adoravam a uma pluralidade infinita de deuses.

Mas, agora esse cara volta para Jerusalém, cheio de novas crenças e costumes e vai para a sinagoga para adorar ao Deus dos judeus.

Para que esse cara tomasse a decisão de construir a sua própria sinagoga, não é difícil imaginar que ele tenha sido confrontado na igreja, na sinagoga, pelos novos costumes e práticas.

O que ele ouviu do rabino, do mestre, do pastor não o agrada, afinal esse cara, conheceu o mundo, uma sociedade mais desenvolvida, prafrentex, progressista e livre. 

Libertinos e a Libertinagem

Não podemos afirmar ser essa a origem da palavra libertinagem, mas se a palavra libertinos estava diretamente ligada a esses caras, podemos sim supor que os comportamentos deles, se assemelhavam aos que eram praticados em Roma, então é uma teoria muito plausível que aos olhos dos judeus conservadores, os Libertinos praticavam o que hoje conhecemos como libertinagem.

Vamos ao dicionário: Libertinagem, conduta de pessoa que se entrega imoderadamente a prazeres sexuais; a prática do libertino.

Uma sinagoga para os Libertinos

Então ele decide: “Vou construir a minha a sinagoga dos libertinos, a sinagoga daqueles que conheceram as “coisas boas” do mundo e não querem abrir mão disso. A sinagoga da pluralidade, onde você não precisa abrir mão daquilo que o mundo te ensinou. A sinagoga onde eu interpreto as escrituras do jeito que me agrada, a sinagoga de “todes”.

Pois no final das contas é muito mais fácil, você construir a sua própria sinagoga(igreja), do que matar a sua vontade, na verdade ele nem entende que precisa matar a sua própria vontade, afinal; “se te faz feliz não é errado.”

E assim surgiu a sinagoga dos libertinos.

Nada de novo debaixo do sol

Ok Até aí nada de novo, a história se repete todos os dias. Tem sempre alguém querendo construir a sua igreja, porque a palavra pregada nos púlpitos à fere, e talvez seja mais fácil fazer uma igreja do que se tornar uma igreja, a igreja de Jesus.

Atos 6:8-15

Estêvão, homem cheio de graça e poder, realizava milagres e sinais entre o povo. Um dia, porém, alguns homens da chamada Sinagoga dos Escravos Libertos começaram a discutir com ele. Eram judeus de Cirene, de Alexandria, da Cilícia e da província da Ásia. Nenhum deles era capaz de resistir à sabedoria e ao Espírito pelo qual Estêvão falava. Então convenceram alguns homens a mentir a respeito dele, dizendo: “Ouvimos Estêvão blasfemar contra Moisés, e até contra Deus”.

Com isso, agitaram o povo, os líderes religiosos e os mestres da lei, e Estêvão foi preso e levado ao conselho dos líderes do povo. As falsas testemunhas declararam: “Este homem vive falando contra o santo templo e a lei de Moisés. Nós o ouvimos dizer que esse Jesus de Nazaré destruirá o templo e mudará os costumes que Moisés nos deixou”. Nesse momento, todos os membros do conselho olharam para Estêvão e viram que seu rosto parecia o rosto de um anjo. 

Esses caras, os membros da Sinagoga dos Libertinos, agora dão a sua opinião e decidem sobre o que é de Deus e o que não é. 

Estêvão um homem cheio de fé e do Espirito Santo, mas tão cheio que o seu rosto resplandecia como de um anjo, os confronta e prega o verdadeiro evangelho. Um evangelho que desnuda e confronta as práticas pecaminosas do mundo, pregando arrependimento e perdão. Não é era um evangelho de fariseus, tão pouco de libertinos.

Mas não era isso que esses caras queriam ouvir, eles decidem que o que Estevão estava pregando não era de Deus, que era blasfêmia. 

Os libertinos vão te cancelar

Além de Estevão esses caras causaram outros danos aos Cristãos:

O Historiador Flávio Josefo, nascido em 37 d.C., em sua obra “Antiguidades Judaicas”, faz menção à Sinagoga dos Libertos em seu relato sobre o sumo sacerdote Ananias. Ele descreve que Ananias, depois de assumir o cargo de sumo sacerdote em Jerusalém, tornou-se muito arrogante e abusivo em seu exercício do poder. De acordo com Josefo, Ananias ordenou a morte de um certo Tiago, irmão de Jesus chamado o Cristo.

Os libertinos, disseram e ainda dizem, que o evangelho pregado por Estevão e Tiago não é de Deus, que quem prega isso é digno de cancelamento e perseguição. 

A atualização em prol dessa sinagoga.

Para eles a bíblia é antiquada, precisa ser atualizada. Eles não querem o arrependimento, eles só querem uma igreja que os faça se sentir bem, eles querem apenas uma Sinagoga dos Libertinos, para que continuem praticando os seus atos libertinos, libertinagem.

Enquanto isso, vejamos os céus abertos

A mais de 2000 anos, esses continuam se levantando contra o verdadeiro evangelho. Mataram Jesus, Estevão, Tiago e outros milhões. E a igreja de Cristo continua de pé, olhando firmemente para o alto, vendo os céus abertos e o Filho do Homem em pé no lugar de honra, à direita de Deus e eles, os libertinos, continuam tampando os seus ouvidos para a verdade de Cristo.

Enquanto isso à Igreja de Cristo avança, em Jerusalém, Samaria e nos confins da Terra. Prossigamos para o alvo!

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Roberto Alves Soares

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